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Castlevania - Blood Moon

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Último Acesso:

25/09/2024 14:20:16

Criada por:

drmorte em 01/11/2022

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Richter encarou a longa escadaria de pedra que subia à frente. Sob seus pés, o tapete vermelho que levava até a torre mais alta de Castlevania, o castelo amaldiçoado de Drácula.

Naquele momento, ele hesitou. Uma lufada de vento frio veio do leste e lhe tocou o rosto, e um relâmpago cruzou o céu, momentaneamente clareando tudo e escondendo a gigantesca lua minguante que estava parcialmente coberta pelas nuvens trevosas.

“Cheguei até aqui. Sou um Belmont! Não posso voltar agora", pensou. Respirou fundo, e então correu escadaria acima. No meio do caminho, viu a silhueta da lindíssima torre do relógio do castelo. Os ponteiros dourados marcavam 2h30.
No topo da escada, uma grande passagem abobadada anunciava a entrada no pináculo da torre de menagem. O interior mostrava um ambiente precariamente iluminado por velas em altos candelabros. O tapete acompanhava toda a escada e adentrava o salão.

Richter caminhou lentamente pela comprida sala, sem tempo de apreciar a mórbida beleza do maior salão de jantar que já adentrara. As colunas de granito polido que sustentavam a sala tinham quase dez metros de altura até o teto.

O caçador de vampiros cruzou o ambiente ladeando a gigantesca mesa de jantar e passou por uma
grande porta de pedra que estava aberta, dando entrada ao último reduto do castelo: a sala do trono de Drácula.

A sala régia estava escura, e Richter parou, esperando que seus olhos se acostumassem à escuridão. Lentamente, uma luz avermelhada como sangue tomou conta do ambiente e revelou o Lorde das Trevas sentado em seu sombrio trono, fitando calmamente o caçador. Richter segurou forte o crucifixo que carregava consigo, quase como um reflexo. Então vociferou:

– Morra, monstro! Você não pertence a este mundo!

Drácula suspirou com tranquilidade, com o rosto apoiado sobre a mão que se escorava no braço do trono.

– Não foi pelas minhas mãos que mais uma vez me foi concedido um corpo. Eu fui chamado aqui por humanos que desejam me devotar tributo.

– Tributo?! – Retrucou Richter. - Você saqueia as almas dos homens e os torna seus escravos!

Drácula exibiu um sorriso de canto de boca, levantando sutilmente o bigode grisalho.

– Talvez o mesmo possa ser dito de todas as religiões. – Balançou a taça com vinho (ou sangue?) que segurava com a mão direita.

– Suas palavras são tão vazias quanto a sua alma! A humanidade não precisa de um “salvador" como você!

– O que é um homem? Uma pequena pilha miserável de segredos. – Retrucou

Drácula, impaciente, lançava sua taça de vidro ao chão. Ela se estilhaçou próxima à escadaria que conduzia ao trono.

– Mas chega de conversa! Prepare-se para morrer!

Após as palavras ferozes, o rei dos vampiros se levantou do trono e ergueu sua capa rubra. Uma grande coluna de luz desceu do alto e fez Drácula desaparecer. Richter deu um passo para trás e sacou o lendário chicote sagrado que tinha recebido de seus ancestrais: o famoso Vampire Killer.